domingo, 18 de setembro de 2011

Post de domingo - Balanças

Ontem eu tive uma experiência meio engraçada. Minha mãe passou na farmácia e, enquanto ela procurava o que precisava, fiquei no carro, que estava estacionado bem em frente à balança. Acho que a balança é tipo o ponto alto da farmácia: todo santo ser que entra dá aquela paradinha pra se pesar. O que me incomodou (e me fez pensar) é que não teve uma mulher que subiu na balança e que saiu com um sorriso no rosto.

Confesso, confesso. Cada vez que eu subo na balança (o que eu não faço com muita frequência) também acabo torcendo um pouco o bico. A não ser nas raras vezes em que eu subo pensando num número e o que aparece no visor é menor do que o que eu tinha imaginado. Tenho um amigo que tem o prazer quase masoquista de se pesar antes e depois de comer alguma coisa bem gorda (tipo cachorros-quentes gigantes ou um lanche monstro no Burger King), mas não acho que alguma menina se divirta fazendo alguma coisa assim, rs.

O bizarro é como nos deixamos definir por aquele maldito numerozinho. "Ah, tenho 1,70, então tenho que pesar uns 60kg. Mas não 60 ainda é muito. Bom mesmo seria se fosse 55, 56". Como se chegando no 55 a vida mudasse e ficasse cor de rosa (exemplo numérico totalmente empírico). Uma vez vi alguém dizendo que toda mulher já nasce dois quilos acima do peso, o que na hora me fez rir - a maioria das meninas que eu conheço estão sempre no "podia perder mais uns dois quilinhos". Ou o contrário: "nossa, uns dois ou três quilos a mais cairiam bem". Afinal, alguma mulher está algum dia satisfeita com seu número?

Eu sei que há algum tempo, cheguei num ponto em que cansei. Cansei de tentar fazer o número baixar mais um pouco. Minhas roupas estão me servindo, e ok, sou mole que nem pudim, mas nada desesperador. Eu me olho no espelho e, apesar de querer mudar aqui e ali, estou bem. Então por que me preocupar com o número da balança? 

Da próxima vez que você pensar no seu número, pense primeiro na sua imagem. Se você está bem com ela, não deixe um número bobo estragar isso. Ou não vão haver números baixos (ou altos) o suficiente. A balança tem o poder mágico de te deixar insatisfeita consigo mesma. Não deixe isso acontecer, mostre pra ela que você é melhor que um número idiota. E mais importante: mostre pra você mesma que você é melhor do que isso. ; )

1 comentários:

Isa disse...

Gostei muito do post Lívia! Concordo plenamente com a sua opinião, devemos mudar apenas se não estamos bem com nós mesmos, não vou dizer que não gostaria de perder uns 2 ou 3 quilinhos, mas eu to feliz do jeito que eu estou e me basta.

Ser mais que um número e uma medida é libertador.

 
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